"Sempre acreditei em amores impossíveis,
em certezas improváveis e desfechos mirabolantes para as histórias mais
manjadas.
Sempre fui a garota com a carcaça
dura e o interior terno. Aprendi a ser forte diante do mundo e desabar diante
de mim.
Sempre esperei pelo pior, mas
nunca deixei de acreditar que algo bom pudesse acontecer em algum momento,
mesmo que ele fosse breve e se perdesse no tempo.
Definitivamente não sei dizer
adeus. Alias tudo que é definitivo me assusta.
Ainda tenho medo do escuro, de
fantasmas, monstros, ETs, da morte e da solidão. Acabei descobrindo que tudo
que mais me assusta me persegue constantemente.
Nunca perdi a fé em Deus, ainda
me pego chorando e conversando com ele em algumas madrugadas tristes.
Sempre me apeguei a lembranças,
dizem que isso acontece porque diferente das pessoas elas não mudam... Pode até
ser, mas creio que as lembranças boas que carrego, embora sejam poucas, são
aquilo que me mantem sã em meio a tanta coisa ruim.
Gosto de sorvete de maracujá,
café doce, rosas vermelhas, músicas desconhecidas, cerveja gelada e amores
quentes. Inteligência me atrai, mas pureza e inocência me encantam.
Quero uma família, uma casa com
jardim na entrada e uma goiabeira no quintal, uma filha pra ensinar e alguém
pra ouvir minhas lamurias ao final do dia, me abraçar e dizer que está tudo
bem.
Sinto falta de olhar a lua, de um
abraço na praça em noite fria, de um olhar que fala em silêncio...
Uns me acham forte, outros fria,
já ouvi falar que eu sou feliz e bem resolvida... Acho mesmo que sou adulta demais
em determinados momentos e em outros sou uma criança mimada. Demonstro uma
alegria inexistente e escondo uma tristeza inimaginável.
Acho que nem eu sei quem sou...
Só sei que não nasci para
despedidas. Definitivamente não sei dizer adeus!"
Aline Alves
Nenhum comentário:
Postar um comentário