"Muito se fala de amor e ódio, mas
se vive muito o ódio e pouco o amor.
Amor só existe nas teorias dos livros
e nas músicas românticas que embalam nossas ilusões.
Mas o ódio meus caros está ai pra
quem quiser ver, nas ruas, na pele do negro, na carcaça da mãe solteira, no estereótipo
do homossexual, no rosto da criança pobre...
Eu devo ser uma grande hipócrita mesmo,
uma leviana superficial. Vivo por ai falando de amor, mas percebi que eu não
sei amar. Já tem muito tempo que não sei o que de fato é o amor. Como alguém
que vive o lado lírico da vida pode ser tão frio e vazio assim?
Não acredito em mudanças,
esperanças, amores que vencem barreiras e tudo isso que as novelas fazem as
pessoas esperarem.
Em contra partida vivo espalhando
intolerância, rancor, stress e raiva por ai, dou conselhos do tipo “esquece,
desiste, deixa, não tenta!”. Tola!
O amor deve estar nos momentos
que nos fazem feliz e assim como esses momentos ele sempre se vai. Possivelmente
é só o tempero dos poemas e canções que alimentam nossa alma, mas não alimentam
a vida real.
Me emergi na vida real de tal
forma que precisaria me apaixonar por um anjo pra acreditar que existe alguma
magia ou pureza nas pessoas e infelizmente o mundo está cheio de pessoas como
eu, ou pior ainda, pessoas que só querem curtir e não assumem nenhum compromisso
com seu próprio coração.
Me cansei de encontrar pessoas incrível
que tem data de validade curta. Não posso mais entrar na vida de pessoas que
vivem num elevador, no qual eu entro no sexto andar e vou até o décimo. Após
chegar ao topo ou me obrigam a descer naquele andar e voltar de escada ou me levam
sem escalas até o térreo.
Não creio, não espero... Não
guardo rancor, mas não esqueço.
Estou cansada de ouvir que sou
uma pessoa incrível e por isso ninguém é bom o bastante e que eu mereço coisa
melhor. Que maldita coisa é essa que nunca chega? Devo ser um triângulo das bermudas!"
Aline Alves
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