MORRA E DEIXE MORRER


"Morra e deixe morrer
Viva e me faça viver
Por que mentias ao meu coração, se meus olhos tudo lhe davam?
Em mim ainda anseia restos desse amor gritando e chamando por ti.
Mas pequena flor, minha disposição em perdoar, pode não refletir no brilho do amor...
Teu amanhã é impossível à meus olhos.
Tuas mentiras abriram um abismo entre nós e a eternidade.
Eu poderia dizer que as estrelas morreram ao ver o céu nublado, porém ainda posso ver beleza nas nuvens. Assim como nas cinzas das cartas que tu me deste!
Morra e deixe morrer
Viva e me faça viver
Se anseio ódio e exalo rancor
Não me julgue, pois você sabe a razão!
Tudo que eu mais desejei, você sabe, me foi tirado.
E se eu desistir, acorde-me ao fim do inverno.
Destrua meus sonhos e talvez as lágrimas sequem
Sinto-me só...
Um ser mórbido e rastejante. Os restos de um alguém sonhador que um dia acreditou na vida e no amor.
Oh! Dor infinita e suprema...
Deitei-me ao relento, como uma alma em teu tumulo.
E por mais que você diga não, eu sei que ainda está mentindo.
Se sou tão insignificante, mate minhas lembranças, assim como você matou minha esperança, meus sonhos e meu desejo de viver.
Por que ganhar o que há de mais puro em mim se você não pretendia a mim ser fiel?
O que queres de mim se você já esgotou tudo o que eu tinha?
Sinto que cheguei em meu limite.
Entre a certeza de encontrar a paz na morte e a tolice de ter a incerteza e a dor de uma existência sem razão!"
Aline Alves


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