"Fazia
tempo que eu vinha sendo forte, mas hoje por um capricho meus olhos resolveram
libertar as lágrimas que estavam presas desde a última vez.
Vi
algumas fotos, ouvi algumas músicas, tive algumas recordações... Abracei aquele
bichinho de pelúcia e simplesmente chorei...
Nunca
mais irei te ver, nem ouvir tua voz. Pretendo não manter contato algum. Mas sei
que daqui a cinquenta anos ainda me lembrarei de você exatamente da forma como
eu lembro agora.
Não estou curada, talvez apenas esteja entorpecida pelos
caminhos que decidi levar... Você escolheu outros bem antes de mim...
Hoje fui até a estação do metrô. Aquela mesma que por várias
vezes te esperei, em algumas chorei ao ver você com outra pessoa. Sei que você está
ali todos os dias...
Queria que você fosse o metrô e eu a estação final, assim eu
saberia que mesmo que você visitasse outras estações durante o dia, quando a
cidade adormecesse era ao meu lado que você iria repousar.
E queria... Como queria... E eu quis tantas coisas...
Algum dia olhe para trás e encontre meu amor nas cinzas do
teu passado. Esse passado que é o que restou de um agora que não foi vivido.
Não esqueci, apenas desisti. Cansei de me machucar. Entenda
como um adeus. Um nunca mais.
Você não me notou, mas na estação Santa Inês te vi, chorei e
me despedi da história mais marcante da minha vida!"
Aline Alves
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