"Novamente ela vem, com seu jeitinho
de menina indefesa. Tão frágil que me vejo na obrigação de lhe proteger. Vem
com aquele jeito de falar baixinho, que me deixa completamente rendida.
A pele branca, o sotaque do sul, o
jeitinho de menina...
Fico inquieta observando, tentando
entender o que se passa em sua mente. Tão misteriosa que fico a mercê de suas
vontades.
Eis que em questão de segundos a
menina indefesa, se transforma na mulher atraente que me rouba a fala.
O jeitinho meigo da lugar as
atitudes firmes e me vejo em suas mãos.
Tão decidida, tão dominante, tão
minha...
Quando menina, eu era o brinquedo
em suas mãos fazendo suas vontades, agora mulher sou parte de algo tão intenso que
não sei descrever!
Eu que era tão firme e decidida em
minhas ideias, me vejo perdida diante dela. Logo eu que prometi não me entregar
novamente, estou aqui escrevendo sobre ela. Logo aquela que todos vêm como a
menina segura de si, agora está completamente rendida.
Onde isso irá acabar? Será só um
sonho ou uma realidade delirante? Ou será aquilo pelo qual esperei por tanto
tempo?
Não sei dizer, e também não
pretendo fazer nada, além de permanecer aqui observando, a mulher, a menina, a
rosa... Aquela que hoje habita meus sonhos!"
Aline Alves
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