"Sei que quando lerem isso, talvez
eu já esteja caminhando em uma estrada distante, longe da vida que todos
conhecemos.
Tentei falar por tantas vezes,
mas nunca me ouviram. Talvez lendo isto, entendam um pouco de como tudo foi
para mim.
Sei que nunca fui a filha ou a
amiga perfeita. Nunca fui uma boa pessoa, mas eu sei que tentei por tanto
tempo... Esforços que não resultaram em nada!
Eu sei por quantas vezes algumas
palavras que eu disse e que eu ouvi me rasgaram por dentro e ecoaram em minha mente
durante a madrugada. Mas nada disso mais importa.
Olhem na gaveta ao lado da minha
cama, vão encontrar alguns CDs, um livro de auto ajuda e algumas fotos. Se em
algum momento sentirem minha falta, ouçam os CDs, que guardam músicas com letras
intensas e que foram minhas companheiras todos esses anos. Leiam os trechos marcados
nas páginas amareladas do velho livro e saibam que, as palavras contidas ali
foram capazes de me manter de pé até hoje, mas só até hoje. As fotos que vão
encontrar são as mais felizes que eu pude encontrar, não quero que ninguém se
lembre de mim triste, embora esse tenha sido o meu estado em 90% do tempo.
Desculpem pelo papel amassado e
um pouco úmido, mas não foi fácil escrever tudo isso, minhas mãos tremulas e
algumas lágrimas que deixei escapar, deixaram o papel assim!
Obrigada pelos poucos momentos
bons até hoje e os ruins... Apenas façam diferente com as pessoas que ainda
estão com vocês.
E que um dia nos encontremos na
imensidão da existência..."
Aline Alves
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