"Mais uma madrugada em claro
perdendo minha alma em coisas vãs.
A madrugada
que chega e toma conta do mundo lá fora é a mesma que me faz acreditar que o
dia não vai voltar a nascer. Talvez o sol volte a brilhar em algumas horas, mas
em mim não a luz que possa clarear a alma.
Tenho estado
tão perdida que já nem sei sobre o que escrevo ou pra quem dedico meus
pensamentos.
A cada passo minhas
pernas se entrelaçam e me jogam ao chão...
Sustento
gloriosamente um sorriso em um rosto pálido. Doo palavras de conforto a quem
precisa, mas não consigo confortar a mim mesma e então eu me pergunto: O que me
resta?
Viver?
Caminhar? Tentar?
Sinto que não
sou o que veem e muito menos o que esperam. Meu maior medo é que não estejam
mais aqui quando a verdade se tornar mais forte e tomar conta da mentira que eu
sou.
Estaria o
mundo preparado para a verdade ou será que está tão cego quanto eu?
Não sei o que
é realmente pior, se guardar dentro de uma armadura e cobrir seus sentimentos
com uma marcara por medo de tudo ou se é se expor e encarar de frente a vida.
Não sei se sou
eu que não estou preparada para viver ou se é a vida que não se adaptaria a
mim.
Sou um
devaneio de Deus, uma mentira do destino, uma brincadeira da existência, uma
contradição de verdades e pensamentos... Sou tudo e ao mesmo tempo nada.
Sou a falta
que o satisfeito sente e a calma do desesperado.
Sou a certeza
do incerto e o defeito do perfeito.
Sou a desgraça
entre os que venceram...
E ainda assim
sou a esperança dentro de alguns. A ruina aos olhos de outros...
Na verdade eu
queria ser apenas eu mesma. Sem batalhas para lutar, sem mentiras para
esconder, sem amores para esquecer e sem esse desanimo que faz com que a cada
dia eu agradeça a Deus por um dia a menos nessa jornada. "
Aline Alves
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