"Parece que estava escrito em mim
A cada passo a diante, fico um
passo mais perto do fim!
Eu deveria me acostumar que é
assim
Mil idas e vindas de algo que em
breve não será, enfim.
A caneca de café na prateleira
junto aos livros desorganizados
E uma única certeza: O tempo
ainda passa diante do relógio parado
E na memória segue um coração
manchado
Acompanhado de sonhos postergados
E uma chuva de pensamentos nos
olhos estampados
Continuam cravando a realidade de
um presente-passado
Sem essa de que tudo vai dar
certo
Que algo irá acalmar os dedos
inquietos
Que batem sinfonicamente sobre a
mesa
Uma, duas, três... Em várias
incertezas!
Faz frio e ainda chove lá fora
O inverso chegou e fez morada
E toda essa dor desnecessária
Tudo isso que me arrancam
lágrimas
Parece não querer ir embora
E por mais uma noite me perco em
palavras
Em pensamentos confusos jogados
pela sala
Em paranoias sem nexo ou razão
Em tantas coisas que sangram o
coração
Talvez não devesse deixar a
última chama se apagar em mim
Ou talvez eu deva suportar mais
essa noite sem dormir
Até conseguir descobrir que o meu
lugar não é aqui
Mas o que eu queria mesmo é estar
perto do fim..."
Aline Alves
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