QUANDO ELA SORRIU


"Ela sorriu, controlou o ciúme e mostrou os dentes.
Deixou de lado as magoas, incertezas e me chamou pra conversar. Disse que esperava pelo dia em que seriamos uma só.
Eu me calei, me fiz de durona. Isso de amar e corresponder se tornou complicado demais pra mim.
Ela por sua vez foi doce, romântica e me tratou da mesma forma que tratou da primeira vez que nos falamos a uns 2 ou 3 anos atrás. Sinto tanta falta de coisas assim que me deixei levar...
Eu sabia que já tinha lhe ferido algumas vezes e que não merecia aquelas palavras, mas ela foi inexplicavelmente afável. Lembrou de momentos que pareciam ser tão simples, mas que em sua visão haviam sido mágicos. Falou das esperanças, expôs fantasias...
E eu me permiti viajar em suas palavras. Respirei fundo, fechei os olhos e me entreguei aquilo tudo.
E meio sensual ela me provocava, atiçava minha imaginação e quebrava qualquer distância.
Segurei meu despudor, sabendo que de criminosa virei heroína.
Que se passem os meses e que venham os dias em que tê-la não seja só um ato de imaginar."
Aline Alves

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