"Já faz algum tempo que não sei
como começar um texto, mergulhei numa inercia sem explicação. Busquei me
inspirar em qualquer coisa que estivesse por ai. Me perdi entre descidas e
quedas, me entrelacei entre laços e embaraços que não podem ser desfeitos.
Em meio a esse expresso pra lugar
nenhum acabei percebendo que havia me perdido e me desviado da direção que
sempre me perseguiu... Ahhh e como eu tenho sentido falta!
Quando percebi o abismo que
estava se formando, pensei que deveria respeitar a vontade dela e me contive...
Foi a vontade mais difícil de conter que já tive!
Feliz eu seria se pudesse trocar
o vermelho dos meus olhos pelo vermelho daquele batom. Se o sol queimando sobre
mim desse lugar aqueles inconfundíveis cabelos loiros.
Se eu estou sendo dramática? Que
seja, quem nunca foi um Steven Spielberg da sua própria história? Quem nunca
transformou sua dor em um dramalhão ou em uma comédia pastelão para quem não
consegue entender o que se passa?
E de tantos apelidos e maneiras
de falar, de tantas interpretações e teatros que eu costumo fazer, quero me
despir das fantasias e deixar as frases feitas de lado para ter apenas a companhia
do silêncio quando seu abraço for a melhor parte disso tudo.
Dizem por ai que a inspiração
está numa garota de Ipanema, no meu caso está numa novinha de SP.
Muitas vezes um milhão de
problemas te tiram pra dançar e fazem você se perder no ritmo que a vida
insiste em tocar. Mas se for pra ficar nesse baile, quero mesmo que o meu par
tenha aquele sotaque paulista que eu adoro implicar.
Já tentei ser professora,
ativista, filosofa, revolucionária, pensei em ser atriz, cantora, escritora, as
vezes até brinco de ser poeta. Mas acho que meu destino mesmo é ser dela!"
Aline Alves
belo texto profundo , singelo e meio vago mas lindo na essencia continue a escrer q sempre ter um fã eu :d
ResponderExcluirVeto obrigada por seu comentário. A intenção foi deixar meio vago mesmo, para aguçar a imaginação de quem lê. :)
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